quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Soltar Pipa





  


  A pipa tem suas origens no Extremo Oriente e, certamente, na China, onde ele nasceu há 3000 anos atrás. Intimamente ligada à religião e mitologia, ela foi usada para chamar a atenção das mentes, e muitas vezes tinha a forma de um pássaro.
A pipa no Brasil
  Nós brasileiros conhecemos as pipas através dos colonizadores portugueses por volta de 1596.
 Um fato pouco conhecido de nossa História deu-se no Quilombo dos Palmares, quando sentinelas avançadas anunciavam por meio de pipas quando algum perigo se aproximava - mais uma prova de que a pipa era conhecida na África há muito mais tempo, pois os negros já cultuavam-na como oferenda aos deuses.
  Os nomes que a pipa ganhou aqui derivam do animismo que o povo atribuiu ao objeto. Por sua semelhança com a "arraia" ou "raia", a pipa é assim chamada em muitos lugares do país.
Por sua variedade de cores e pela circunstância de voo ela é também denominada "papagaio".
  O próprio nome "pipa" deriva da semelhança que o objeto tem com a vasilha bojuda de madeira que serve para conter líquidos;
  No Rio Grande do Sul é uma autêntica tradição espanhola o velho costume de empinar pipas na sexta-feira santa. As pessoas saem cedo de casa, com um farnel na mão e a pipa pendurada nas costas, e seguem para os cerros da região, longe dos fios que fazem a transmissão de energia, para dedicar-se ao esporte.
  Além dos conhecidos nomes "pipa", "arraia" ou "raia", "papagaio", "pandorga" e suas variantes, é chamada de muitas outras formas nas regiões do país:
Amazonas - Cangula, Guinador, Frade, Curica e Estrela
Ceará - Barril, Bolacha, Cangulo, Estrela e Pecapara
Rio de Janeiro - Cafifa, Laçadeira, Estilão, Gaivota, Marimba, Pião, Modelo, Quadrado e Carambola
Maranhão - Jamanta (quando grande) e Curica (quando pequena)
Pernambuco - Camelo e Gamelo
Rio Grande do Norte - Coruja
Minas Gerais - Frecha, Catita, Quadra e Lampião
São Paulo - Rainha, Peixinho, Quadrado, Quadrada, Quadradinha e Índio
Pará - Maranhoto, Curica, Pote, Guinador e Cangula
Rio Grande do Sul - Churrasco, Barrilete, Arco, Estrela, Caixão, Bidê, Bandeja, Navio e Pipa
Santa Catarina - Papagaio e Barrilote
Curiosidades importantes
  O grande navegador Marco Polo (1254-1324) explorou as potencialidades da pipa, embora levado por motivos menos lúdicos. Conta-se que, em suas andanças pela China, ao ver-se encurralado por inimigos locais, fez voar uma pipa carregada de fogos de artifício presos de cabeça para baixo, que explodiram no ar em direção à terra, provocando o primeiro bombardeio aéreo da história da humanidade.
  O gênio italiano Leonardo Da Vinci, em 1496, fez projetos teóricos com nada menos que 150 máquinas voadoras, também baseados na potencialidade das pipas.
  Em 1752 uma experiência de Benjamim Franklin demonstrou definitivamente a importância das pipas na história da Ciência. Prendendo uma chave ao fio de uma pipa, ele a empinou num dia de tempestade. A eletricidade das nuvens foi captada pela chave e pelo fio molhado, descobrindo-se assim o pararraio.
  Foi graças ao conhecimento das pipas que o grande Santos Dumont conseguiu voar no famoso 14 Bis que, no final das contas, não deixa de ser uma sofisticada pipa com motor.
  George Cayley, em 1809, realizou, através das pipas, o primeiro pouso acontecido na História, experiência com fundamentos aeronáuticos que mais tarde seriam utilizados na NASA pelo engenheiro americano Francis M. Rogallo com as naves Apolo, que criou assim os paraquedas ascensionais (parawings), que permitem ainda hoje um perfeito controle do retorno à terra das cápsulas espaciais.
  A pipa também prestou relevantes serviços aos Exércitos como meio de comunicação à distância:
  1. Na Guerra de Secessão nos Estados Unidos, os Federais usaram-na para lançar panfletos sobre as tropas dos sulistas
  2. Na Primeira Guerra Mundial, ela serviu para elevar aos ares espiões, que buscavam informações a respeito das instalações inimigas;
  Em 12 de dezembro de 1921, Marconi utilizou pipas para fazer experiências com a transmissão de rádio, teste que, mais tarde, seriam utilizados por Graham Bell em seu mais notório invento: o telefone.
  O empinamento de pipas é o esporte favorito do povo das Ilhas Maldivas e é considerado o esporte nacional no Tibete. Na Indonésia é um símbolo espiritual

Jogar Pião





    


    O pião foi um dos jogos tradicionais infantis mais populares de sempre do século passado. Simples e barato de se adquirir, era usado nos pátios das escolas por quase todas as crianças.O movimento do pião resulta de um cordel (baraça ou guita) enrolado à sua volta. O cordel segura-se com a mão por uma das extremidades o qual se desenrola quando atiramos o pião ao chão puxando o cordel no sentido contrário.
   Através da sua história o seu uso oscilou entre um simples jogo infantil e uma peça mística ligada a rituais de premonição e leitura de presságios, onde associavam a sua rotação à dos astros.Conhece-se a existência do pião desde o ano 4000 a.C. tendo sido descobertos na margem do rio Eufrates vestígios desse objecto, feito em argila.
  Igualmente se confirma a sua utilização através de pinturas antigas e de certos textos que já o identificam, como os do político e historiador romano Marco Porcio Catón e até mesmo na Eneida de Virgílio, no séc. I a.C..O exemplar que é considerado como o mais antigo do mundo, data de 1250 a.C. e está em exposição no Museu Britânico.


Como se joga: Antes de se atirar o pião deve-se enrolar bem o cordel à sua volta, sem folgas. O cordel segura-se com a mão pela extremidade solta. Quando se desenrola, com o impulso da mão, puxa-se o cordel para trás para o fazer girar.Quando o pião é lançado com muita intensidade diz-se que a jogada é de “escacha”. Para se jogar à roda, (ou raia grande), marca-se no chão um círculo de jogo que poderá ter cerca de um metro e meio. O objetivo dos jogadores é projetarem o seu pião em direção ao círculo e conseguir que o seu pião atire os restantes para fora do círculo.

Bolinha de Gude




    
É um jogo muito antigo, conhecido desde as civilizações grega e romana. O nome "gude" tem origem na palavra "gode", do provençal, que significa "pedrinha redonda e lisa". Atualmente, a bola de gude é feita de vidro colorido. Há várias modalidades do jogo, porém a mais conhecida é o chamado triângulo. Risca-se um triângulo na terra e coloca-se uma bola de gude em cada vértice. Se houver mais de três participantes, as bolas são colocadas dentro ou nas linhas do triângulo. Para saber quem vai iniciar o jogo marca-se um risco no chão, a uma certa distância do triângulo. Posicionando-se perto do triângulo, cada participante joga uma bola procurando fazer com que ela pare o mais próximo da linha riscada no chão. O nível de proximidade da bola define a ordem dos jogadores. O jogo começa com o primeiro participante jogando a bola para tentar acertar alguma das bolinhas posicionadas no triângulo. Se conseguir, fica com a bola atingida e continua jogando, até errar quando dará a vez ao segundo e assim por diante. Se a bola parar dentro do triângulo o jogador fica “preso” e só poderá participar da próxima rodada. Os participantes vão se revezando e tentando “matar” as bolinhas dos adversários, utilizando os dedos polegar e indicador para empurrar a bola de gude na areia, com o objetivo de atingir o maior número de bolas dos outros participantes. Ganha o jogo quem conseguir ficar com mais bolas. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Resgatando Jogos e Brincadeiras

 

  Jogos e brincadeiras Folclóricas, são brincadeiras antigas e que são passadas de geração para geração mantendo suas regras básicas de origem. Muitas delas existem há séculos, e por vezes costumam ter variações ou sofrer modificações de acordo com a região do Brasil, porém os objetivos das brincadeiras são sempre os mesmos. A preservação destas brincadeiras é muito importante pra a preservação da história e do folclore do nosso país. O mês de Agosto é dedicado ao folclore.